A escassez de mão de obra qualificada está impactando o setor da construção civil.
Certamente, a falta de profissionais com conhecimentos, habilidades e experiência necessária para atender às demandas do setor acontece por vários fatores, como por exemplo, a falta de programas de formação técnica, aposentadoria para os trabalhadores experientes, a migração para outros segmentos com melhores condições, etc.
Além disso, a ausência de profissionais qualificados impacta diretamente a eficiência e a qualidade dos projetos.
A mão de obra qualificada é crucial para o setor da construção civil e para a economia do país no geral. No contexto do setor, profissionais qualificados garantem que os projetos sejam feitos com eficiência, precisão e segurança.
Por isso, do ponto de vista econômico, a presença de uma mão de obra qualificada impulsiona a inovação e a produtividade, ajudando no crescimento sustentável.
Panorama atual na construção civil
A carência de mão de obra atinge várias posições: engenheiros, serventes a pedreiros, pintores e azulejistas. Além da dificuldade em preencher e contratar as vagas disponíveis, as organizações já estão sentindo os efeitos desse apagão nos custos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), o crescimento nos salários acima da inflação, que geralmente girava em torno de 0,5% foi para 1,27% em 2024, além da correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 3,18%
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no período de 12 meses até maio de 2024, acumulou 4% de alta. O custo da mão de obra, apurado pelo mesmo indicador, cresceu quase o dobro: 7,51%. No curto prazo, a tendência é que essa escassez pressione ainda mais os custos e os preços por metro quadrado.
3 causas da escassez de mão de obra qualificada
Existem algumas causas que provocam essa escassez na mão de obra, podemos destacar, por exemplo:
- Educação e formação de profissionais insuficientes
Muitas vezes, os sistemas educacionais não oferecem programas técnicos e vocacionais adequados para preparar os jovens para as exigências do setor. Além disso, a ausência de investimentos em centros de treinamento e a falta de currículos atualizados que incluam novas práticas sustentáveis e tecnologias agravam o problema.
Sem a formação adequada, os profissionais não desenvolvem as habilidades necessárias, resultando em uma força de trabalho incapaz e mal preparada.
- Migração de profissionais para outros setores ou países
As pessoas, muitas vezes, são atraídas por melhores condições de trabalho oferecidas por outros segmentos, como salários mais altos e oportunidades de crescimento profissional.
Afinal, a globalização simplifica a migração para os países onde a demanda é alta e as condições mais favoráveis. Gerando um déficit de trabalhadores qualificados no mercado local.
- Envelhecimento da força de trabalho
Muitos trabalhadores experientes estão se aposentando, e não há jovens suficientes entrando para substituir essa mão de obra. A construção civil depende muito da experiência prática e do conhecimento acumulado.
Então, com a saída desses profissionais, se perde mão de obra e o conhecimento e a expertise que eles oferecem. Sem programas eficazes de transferência de conhecimento e sem atrair novos talentos, a construção civil enfrenta desafios crescentes para manter a eficiência e qualidade.
Impactos da escassez de mão de obra qualificada
Essa insuficiência traz diversos impactos para a construção civil, como: atrasos no cronograma, aumento do custo devido à necessidade de pagar salários mais altos, diminuição da qualidade das construções por conta da falta de profissionais experientes, dificuldade para empresas se manterem competitivas, entre outros.
Mas, existem soluções e medidas para mitigar esse problema, como: políticas de atração e retenção de talentos, incentivos para automação e inovação tecnológica no setor e parcerias entre empresas e instituições de ensino.
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